domingo, 24 de julho de 2011

Machu Picchu a descoberta com 100 anos

Foi à 100 anos no dia 24 de Julho de 1911 que uma equipa de exploradores chefiadas pelo professor e historiador Hiram Bingham (1875 - 1956) descobriam a cidade inca de Machu Picchu.
Antes desta descoberta Bingham já tinha estado nas ruínas de Choquequirao onde ouvira boatos de antigas cidades incas, perdidas na imensidão da floresta, a partir destes boatos decidiu organizar uma expedição em que atravessou o vale do Urubamba na esperança de ver os boatos contados pelos locais materializados em algum lugar. O que Bingham procurava nem era Machu Picchu mas sim a antiga cidade de Vilcabamba que teria sido o ultimo refugio dos incas durante a conquista pelos espanhóis.
Entre um embaralho de árvores, quase que perdido na floresta chegou ao alto de uma montanha onde encontrou um rapaz índio que lhe queria mostrar algo. Conduzido pelo rapaz chegou á antiga cidade de Machu Picchu que na altura se encontrava envolvida por um manto de árvores e raízes mesmo assim já se podia observar o fantástico complexo arquitectónico constituído por templos, tumbas e residências. E foi assim que á procura de Vilcabamba Bingham descobriu algo ainda mais impressionante.

Machu Picchu no ano de 1911


Hoje em dia a cidade encontra-se em grande parte reconstruída e livre de todo o arvoredo que outrora lhe cobria pensando-se que talvez fosse um refugio real, para onde o imperador inca se deslocava de tempo em tempo.
Mas quem eram os incas?
Os incas foram uma civilização que habitou na América do sul ocupando o Peru e grande parte de países como o Equador e Bolívia entre outros. Atingiram o seu apogeu no século XV quando o imperador Pachacuti conquistou todos os territórios do império.
Para se comunicarem tinham um incrível sistema de vias constituído por estradas e pontes tanto de pedra (para atravessar rios) como de cordas (para transpor vales íngremes), possuíam uma incrível organização visto que ao longo de cada estrada tinham estafetas para transmitir mensagens, estes num só dia conseguiriam percorrer cerca de 240 km.

A sua cultura era maioritariamente agrónoma obedecendo a um estrito calendário. Ao serem de subsistência agrónoma a sua religião acreditava em deuses baseados em elementos naturais como a deusa da lua e da terra sendo o mais importante dos deuses o deus sol, acreditando que os seus imperadores eram descendentes deste. No dia dos defuntos em Novembro passeavam as múmias dos seus imperadores na cidade de Cusco num cortejo que hoje em dia ainda pode ser visto não com múmias mas sim com santos cristãos.

A lamentar temos a terrível gestão espanhola das construções incas que após a sua descoberta e conquista deste território levaram quase a um desaparecimento total desta civilização. Temos que agradecer contudo o facto de gente espanhola nunca ter encontrado Machu Picchu, e deste se ter preservado ao longo dos séculos permanecendo um local arquitectónico único e testemunho de uma grande civilização.


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